Saiba quais são as diretrizes mais importantes que toda empresa deve seguir antes de “pensar fora da caixa”.
No mundo dos negócios, pensar fora da caixa é uma expressão usual presente em quase todos os segmentos. Da produção ao marketing, a ordem é inovar, fazer diferente, se destacar no mercado e permanecer atento e em constante evolução para não ser “engolido pela concorrência”.
No entanto, para Cézar Nascimento, gestor comercial especializado em expansão de negócios, fortalecer as bases, ainda é, sem dúvida, a melhor estratégia para o crescimento de uma empresa.
“Antes de pensar fora da caixa, o empreendedor precisa fazer uma análise profunda para identificar se está dando a devida atenção ao básico e fundamental para fortalecer as bases do negócio”, frisa Nascimento.
Após diversos estudos nesse sentido, o especialista definiu quais são as diretrizes ideais para o crescimento sólido de uma empresa. O resultado é um guia, conduzido por quatro eixos, que ele denomina “os 4 Ps para a sobrevivência do negócio”.
Confira a seguir quais são esses eixos identificados pelo profissional:
Ponto 1 – O Produto: A razão da sua existência
Para o gestor, o sucesso do produto está nos bastidores. Estudo de tendências do mercado, análise da concorrência, o olhar atento na resposta do cliente e acompanhamento rigoroso dos processos de qualidade.
“Não há mais espaço para empresas que não investem na qualidade do seu produto e na experiência de uso pelo cliente. Quem não tem qualidade hoje, está fora do mercado. Qualidade não se discute mais. Ou você tem ou está fora”, frisa. Inovar o seu produto ou serviço, de acordo com Nascimento, é importante para a sobrevivência. Contudo, as empresas não podem esquecer de fortalecer o produto que já têm.
“Quanto mais forte for a base do seu produto, ou seja, quanto mais profunda for a análise do todo, maiores são as chances de evolução do seu negócio.” O óbvio precisa ser dito e executado todos os dias, comenta. Portanto, a dica é partir para as novas ideias apenas quando o produto atual estiver completamente alinhado com as expectativas do mercado. “Melhor ter um produto fantástico do que três de má qualidade”, pondera o profissional.
Ponto 2 – Planejamento estratégico: Vá e vença !
Segundo Nascimento, aquela máxima que diz “se não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”, não vale para os negócios. “É essencial ter suas metas bem claras desde o começo. Elas serão a base para definição de todo o processo.”
A recomendação de Nascimento aos gestores é que seja feita uma avaliação do planejamento estratégico, no intuito de alinhar as ações táticas em relação ao plano macro da empresa. “Nesse momento, podem ser feitos ajustes a fim de evitar perdas significativas que comprometam o resultado lá na frente”, ressalta.
Ele também alerta sobre um problema comum nas companhias, capaz de impactar negativamente: a falta de comunicação. “Falhas de comunicação podem ocorrer em qualquer estágio do negócio e geram inúmeros obstáculos para o crescimento da empresa, pois interferem nos fluxos e processos internos”, explica.
Ponto 3 – Pessoas: Seu pote de ouro
Por mais importante que seja o investimento em novas tecnologias e processos, as pessoas continuam sendo essenciais para a evolução de qualquer negócio.
“Para contar com uma equipe qualificada e motivada, é fundamental desenvolver uma cultura de incentivo real junto aos colaboradores”
No intuito de ressaltar a importância de investir neste que é o maior capital de uma empresa, o especialista faz uma provocação: “o que você está fazendo para ter uma equipe de alta performance?”
A pergunta parece simples, mas a resposta requer, muitas vezes, mudanças estruturais para se fazer valer.
Para ele, essa cultura contempla boas ações de relacionamento com a liderança, capacitação contínua, plano de carreira e constantes avaliações para alinhamento das expectativas nas duas vias (tanto referentes à remuneração, quanto de resultados).
Ponto 4 – Processos: seja racional e não emocional
Nascimento conta que suas pesquisas apontaram para um padrão preocupante: “As empresas sabem como seus produtos funcionam, mas, muitas vezes, não sabem como a empresa funciona”.
Segundo ele, quando acontece uma falha, por exemplo, é essencial resgatar o processo desde o princípio. Isso permite não apenas identificar o erro, mas também gerar recursos para que ele não volte a acontecer.
“Errar é comum, é aceitável, são os erros que nos fazem aprender e melhorar”, lembra o profissional. No entanto, para se aprender com os erros, é necessário fazer esse exercício constante de retroceder e analisar o processo.
Como gestor, o especialista reforça a importância do papel da liderança para manutenção dessas diretrizes. “A liderança, nesse momento, deverá ser apoiadora. Sua principal atuação deve ser no sentido de ajustar os quatro eixos, garantir seu funcionamento constante e tratar as dificuldades que surgem no dia a dia do negócio”, finaliza.
Referência: Emobile
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